Continuidades entre as políticas externas de
Biden e Trump para Palestina/Israel
Por Bruno Huberman e Reginaldo Nasser
Durante o governo Donald Trump (2016-2020), as relações entre Israel e EUA passaram pela maior transformação desde que a “amizade especial” entre os países foi selada após a vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Trump foi o primeiro líder a acabar com qualquer forma de mediação com os palestinos e assumir uma posição radicalmente favorável aos israelenses. O que o presidente Joe Biden (2021-) tem feito em seu governo é manter o status quo estabelecido por seu antecessor sem qualquer tipo de contrapeso relevante em relação aos palestinos. Este Informe OPEU apresenta os principais pontos desenvolvidos no artigo “Continuidades entre as políticas externas de Biden e Trump para Palestina/Israel”, publicado na revista Conjuntura Internacional, onde buscou-se compreender a transição promovida pelo governo Biden nas relações dos EUA com Palestina/Israel. Leia mais
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Presidente Joe Biden, durante encontro bilateral com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, em 20 set. 2023, no InterContinental Barclay, em Nova York (Crédito: Casa Branca/Cameron Smith/Flickr)
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Os norte-americanos e a guerra que
Israel trava contra o Hamas
Por Williams Gonçalves
Desde que os judeus ergueram o Estado de Israel, em 1948, e os palestinos não criaram o Estado Palestino, como previa a Resolução 181 da ONU que, em 1947, dividiu o território palestino em duas partes, com vistas a satisfazer a aspiração dos dois povos, o conflito entre esses dois grupos nacionais não apenas permanece sem solução, como se agrava à medida que o tempo passa. A cada vez que algum representante do povo palestino decide lançar mão da força para viabilizar alguma solução para o problema nacional, ou para simplesmente denunciar que o problema permanece e que os palestinos não desistem de viver de modo independente em seu próprio Estado, o contexto regional e internacional está mudado, e novos obstáculos se oferecem. Leia mais
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Ofensiva do Hamas é resultado de equívocos
dos EUA e de Israel
Por Isabelle C. Somma de Castro
A ofensiva promovida pelo grupo Hamas no último dia 7 de outubro é uma consequência direta da piora das condições da ocupação mais longa da história contemporânea. Políticas equivocadas e inação do governo dos EUA no conflito entre palestinos e israelenses nas últimas duas décadas também colaboraram para a recente retomada violenta da disputa.
Desde o fracasso dos Acordos de Paz de Oslo, patrocinados por Washington em 1993, as intervenções de diferentes administrações americanas se mostraram basilares para acirrar ainda mais o conflito que já se prolonga por mais de meio século. Leia mais
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Da representação à ajuda humanitária:
uma análise da relação Disney e Israel
Por Danilo Faustino
O ano de 2023 marca os 100 anos da The Walt Disney Company, empresa que começou como uma empreitada na garagem e hoje se configura como o segundo maior grupo de mídia e entretenimento do mundo. A Disney está presente, em maior ou menor grau, em quase todos os países do mundo, desde as animações clássicas como “Branca de Neve” até o blockbuster “Vingadores”. Em um estudo produzido pela University of Southern California, em 2019, a companhia é vista como um dos maiores instrumentos de soft power para o governo dos Estados Unidos. Leia mais
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Além das manchetes:
mídia, geopolítica e o conflito Israel-Hamas
Por Leonardo Martins de Assis
No atual cenário de conflito entre Israel e o grupo Hamas, a situação é altamente crítica, com impactos significativos na região e além. A escalada do conflito, desencadeada por um ataque surpresa do Hamas, já resultou em uma devastação impressionante, com um número de mortos superior a 2.000 pessoas. Israel declarou formalmente guerra ao Hamas em resposta a esse ataque, levando a um aumento dos combates que ameaça englobar toda a região. Leia mais
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Biden nas Nações Unidas e alguns dilemas
da política externa norte-americana
Por Matheus de Oliveira Pereira
Todos os anos, no mês de setembro, a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York recebe líderes mundiais, cujos discursos conformam o Debate Geral que inaugura a edição anual da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Trata-se de um evento marcado por um interessante paradoxo: o evento de maior prestígio no calendário da Política Internacional é, também, um dos mais modestos em termos de implicações substantivas. Leia mais.
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Troca de prisioneiros é avanço tímido
nas relações entre EUA e Irã
Por Isabelle C. Somma de Castro
Os governos dos EUA e da República Islâmica do Irã concordaram em promover uma troca de prisioneiros depois de dois anos de negociações. Como ambos os países não mantêm relações diplomáticas desde a tomada da embaixada estadunidense em Teerã por estudantes em 1979, houve a necessidade de intermediação do governo do Qatar. Esta é a primeira iniciativa comum de êxito entre os dois países desde a retirada unilateral estadunidense do Acordo Nuclear em 2018. Leia mais
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20 anos da Guerra do Iraque:
a invasão que levou o país ao caos
Por Haylana Burite
A relação contemporânea entre Estados Unidos e Iraque tem centralidade para compreendermos o plano geopolítico e econômico idealizado pelos últimos governos norte-americanos para o Oriente Médio. Isso não apenas por inaugurar a Doutrina Bush, mas também por representar a maior dedicação de tempo e investimento financeiro na história das intervenções dos EUA, acompanhado do Afeganistão, como afirma Rodrigo Augusto, professor de Relações Internacionais (RI) na PUC-SP e doutor, também em RI, pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas. Leia mais.
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Ação trilateral EUA-Japão-Coreia do Sul:
a contenção da China e o espírito de Camp David
Por Robson Coelho Cardoch Valdez
O acordo trilateral celebrado em 18 de agosto de 2023 em Camp David pode ser interpretado como positivo para os objetivos norte-americanos na região do Indo-Pacífico. Isso se deve ao fato de Washington conseguir acomodar a complexa relação bilateral Japão-Coreia do Sul ao mesmo tempo em que fortalece a estratégia dos Estados Unidos de conter o avanço chinês em várias áreas de interesses geoeconômicos dos norte-americanos. Leia mais
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No dia 19 de outubro, o Departamento americano de Defesa (DoD) divulgou um novo relatório sobre os “desenvolvimentos militares e de segurança, envolvendo a República Popular da China (RPC)”. O documento também é conhecido como “relatório do poder militar da China (CMPR)”. Anualmente, o DoD encaminha um relatório para o Congresso norte-americano com o objetivo de “traçar o curso atual da estratégia nacional, econômica e militar da RPC”. Destaca-se que “a Estratégia de Segurança Nacional (NSS) afirma que a República Popular da China (RPC) é o único concorrente dos EUA com a intenção e, cada vez mais, com a capacidade de remodelar a ordem internacional”.Leia mais
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Council on Foreign Relations e
a presença chinesa na mídia e na universidade
Por Gabriel Antônio Barboza Ferreira
Desde o começo do século XXI, a China parece cada vez mais ganhar a atenção de pesquisas e estudos nos campos da Política Internacional e das Relações Internacionais ao redor do mundo. Com uma taxa de crescimento econômico estimada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 5,4% para 2023, o gigante asiático se insere cada vez mais no centro das relações comerciais internacionais, o que certamente desagrada à estabilidade hegemônica – agora não tão mais estável – de alguns velhos países do Norte Global. Leia mais.
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Presidentes dos EUA e do Brasil lançam a “Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI”, em cerimônia à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Crédito: Ricardo Stuckert/PR)
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O Debate Geral da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações (AGNU) teve início em 19 de setembro na sede da ONU, em Nova York. Ao mesmo tempo que se trata de uma sessão crucial, já que marca a metade do caminho para o cumprimento dos 17 Objetivos que compõem a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a ausência dos chefes de Estado e Governo de quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) — China, Federação Russa, França e Reino Unido — demonstra o desinteresse das grandes potências em apresentar suas agendas e compromissos de mais alto nível para fortalecer a governança global no maior fórum multilateral existente.
Leia mais / Leia a versão em inglês.
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Parceria Lula-Biden pelos direitos dos trabalhadores e a política trabalhista dos EUA
Por Lucas Amorim e Haylana Burite
No dia 20 de setembro, após reunião bilateral em paralelo à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, lançaram uma iniciativa global pelo trabalho decente. A iniciativa ecoa o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 – Trabalho decente e crescimento econômico, uma das metas globais de desenvolvimento estabelecidas pela Assembleia Geral por meio de sua Resolução 70/1 de 2015. Leia mais.
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Trump, Bolsonaro e a tentativa de alinhamento automático sob o neoliberalismo autoritário
Por Rafael Ioris
As surpreendentes eleições das trágicas figuras de Donald Trump e Jair Bolsonaro às respectivas presidências dos EUA e do Brasil deveriam ser lidas como expressões de uma crise mais ampla da democracia liberal derivada de um longo processo de promoção de um ideário atomista de sociedade fundado nas políticas neoliberais dos anos 1990. Mas, embora tenham feito suas campanhas com base em críticas aos limites da representatividade democrática vigente, uma vez no poder, o que tais líderes fizeram foi aprofundar uma visão autoritária, individualista e excludente, dependente cada vez mais da promessa de soluções fáceis e falaciosas a problemas complexos de cada nação vem enfrentando nos últimos anos. Leia mais.
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Biden e migração: considerações sobre contexto e expansão do TPS aos venezuelanos
Por Cláudia A. Marconi e Anna Paula Ramos
A denominada gestão da migração oriunda da América Latina – seja daqueles imigrantes que buscam entrar nos Estados Unidos pela fronteira com o México, seja daqueles que já estão no país como indocumentados – tem sido uma das pautas mais complexas para o governo de Joe Biden. Os desafios da migração constituem, entretanto, elemento-chave no debate político há tempos nos Estados Unidos. Dados de 2021 indicam que os imigrantes compõem cerca de 15% da população norte-americana e que a população indocumentada atingiu 11 milhões no contexto que antecedeu a pandemia da covid-19. Leia mais
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Fonte: Latin America Working Group
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Promovendo a 'democracia' por meio do livre-mercado:
o papel do CIPE na América Latina
Por Camila Vidal, Jahde Lopez e Luan Brum
O Center for International Private Enterprise (CIPE) é um instituto parte do National Endowment for Democracy (NED), assim como o International Republican Institute (IRI), o National Democratic Institute (NDI) e o Solidarity Center (ACILS). Embora formalmente seja uma instituição privada, recebe fundos do governo dos Estados Unidos que são aprovados a cada ano pelo Congresso estadunidense. Esse instituto “quase-governamental” funciona como uma espécie de braço informal (ou terceirizado) da política externa estadunidense – uma espécie de diplomacia privada que visa a fomentar a “educação econômica” (CIPE, 2020) para a difusão do neoliberalismo no exterior. Leia mais
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Democracia violada:
os desafios políticos após a era Trump
Por Lauro Henrique Gomes Accioly Filho
A crise política estadunidense impactou densamente o tabuleiro geopolítico para a população do país. Como destaca o sociólogo Manuel Castells, os Estados Unidos se configuram como representantes da democracia, enquanto modelo de regime político inviolável, cuja imagem de superioridade democrática nasceu da Revolução Americana e permaneceu sendo enaltecida desde então. Dessa maneira, a crise doméstica nos Estados Unidos fez com que diversos olhares estivessem atentos às suas movimentações, visto que era um desafio político estrondoso para o regime democrático considerado modelo para os demais, especialmente com o cenário de invasão ao Capitólio. Leia mais
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Temos que pagar pelo conhecimento?
O desafio da dívida estudantil nos EUA
Por Leonardo Martins de Assis
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Georgetown University, pelo menos 36% das oportunidades de emprego nos Estados Unidos não exigem um diploma universitário. Paradoxalmente, no entanto, um número cada vez maior de pessoas está se endividando para concluir o ensino superior em um país que abriga algumas das universidades mais caras do mundo. Os números da dívida estudantil nos Estados Unidos são alarmantes: enquanto o PIB brasileiro em 2021 foi de aproximadamente US$ 1,7 trilhão, a dívida total relacionada à educação nos Estados Unidos atingiu US$ 1,6 trilhão. Leia mais
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Transfixação: dos pânicos morais à securitização
Por Débora M. Binatti
A transgeneridade é indissociável da história dos Estados Unidos, visto que a diversidade de gênero já era originária no continente antes da binaridade da colonização. Dessa forma, não é possível falar de transgêneros na sociedade desse país sem falar de pânicos morais, ideologias e, por fim, certa transfixação: da sociedade até a securitização. O pânico moral nasce da falácia da “ideologia de gênero”, criada pela igreja católica e exportada para as políticas locais. Antes, tal dinâmica era vista como um fenômeno majoritariamente latino-americano. Essa tendência se alastrou, contudo, para o Norte Global, colocando em xeque ideais liberais da sociedade estadunidense. Leia mais
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Alexandria Ocasio-Cortez: uma política em evolução
Por João Felipe R. Carvalho e Marcos Cordeiro Pires para Latino Observatory [Republicação]
Alexandria Ocasio-Cortez, mais conhecida por suas iniciais AOC, é uma política americana e ativista que representa o 14º distrito eleitoral de Nova York desde 2019, eleita pelo Partido Democrata na disputa com o republicano Anthony Pappas. Ela tem se destacado como uma forte questionadora do status quo no Congresso e mantém seu compromisso constante com seus eleitores por meio das pautas humanitárias, audiências públicas e auxílio direto à comunidade em diversos aspectos. Recentemente, a deputada deu uma entrevista ao jornal The New York Times. Essa entrevista, a carreira e o impacto da Congresswoman Ocasio-Cortez para as pautas das comunidades latinas são os temas da presente análise. Leia mais
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Bob Menendez: poderoso presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado é indiciado
Por Felipe Sodré Fabri, Gabriel Carvalho Fogaça, Leonardo Martins de Assis e Marcos Cordeiro Pires para Latino Observatory [Republicação]
Robert Menendez, conhecido também como Bob Menendez, é um político americano nascido em 1º de janeiro de 1954, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Ele nasceu em uma família de migrantes cubanos que vivia na cidade industrial de Union City, no estado de Nova Jersey. Esta cidade, depois da vitória da Revolução Cubana, converteu-se, durante a década de 1960, na segunda aglomeração de cubanos, perdendo apenas para Miami. Atualmente, é membro do Partido Democrata e serve como senador dos Estados Unidos, representando o estado de Nova Jersey, posição que ocupa desde 2006. Leia mais
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Membros do OPEU apresentam trabalhos no Congresso do Programa San Tiago Dantas
Por Tatiana Teixeira
Membros da Equipe OPEU e pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU) participaram como debatedores, autores de papers e palestrantes do 9° Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), que ocorreu de 25 a 27 de julho de 2023, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), em Belo Horizonte. Leia mais
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Mix de gerações: OPEU e INCT-INEU juntos na ABRI 2023
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Integrantes da Equipe OPEU e do INCT-INEU
participam do principal evento de RI do país
Por Tatiana Teixeira
Os integrantes da Equipe OPEU Luísa Azevedo e Lucas Barbosa apresentaram suas pesquisas sobre Estados Unidos no VI Congresso de Iniciação Científica do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, sob o lema “Produção científica e transformações no século XXI”. O evento aconteceu em São Paulo, de 7 a 11 de agosto de 2023. Ambos participaram sob minha orientação, na qualidade de professora colaboradora do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (IRID/UFRJ). Leia mais
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